Em março, o aumento dos preços da gasolina impactou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve alta de 0,71%. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 226 dos 377 (60%) itens da cesta de itens avaliados registraram aumento de preços. Contudo, pela primeira vez desde fevereiro de 2021, a inflação acumulada em 12 meses – 4,65% – se encontra dentro do limite imposto pelo regime de metas.
O IPCA é o indicador oficial de inflação do governo que avalia consumo das famílias com rendimentos entre um e 40 salários-mínimos, mensalmente. Na Edição 3/2023 do Informativo CNM de Inflação, o resultado ficou pouco abaixo da expectativa do mercado, projetada em 0,77%. No mesmo período de 2022, o IPCA foi de 1,62%.
Contudo, a meta de inflação projetada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25% para 2023. A variação de preços como do transporte (2,11%), da saúde e cuidados pessoais (0,82%), da habitação (0,57%), de despesas pessoais (0,38%), de comunicação (0,50%) e de vestuário (0,31%) contribuíram para a expansão do IPCA em março. Os grupos de alimentação e educação tiveram pouco impacto. A única retração do IPCA em março foi nos artigos de residência (-0,27%).
Gasolina
Além da gasolina, que teve aumento de 8,33% e foi responsável por 55% da taxa de inflação, os dois itens que mais contribuíram para o IPCA do mês foram a energia elétrica residencial, com aumento de 2,23%, e planos de saúde, com acréscimo de 1,20%. Na contramão, dentre os itens com deflação, destacam-se as passagens aéreas, a batata inglesa e o tomate.
De julho de 2022 a março de 2023, com a vigência da LC 194/2022, o IPCA acumulou inflação de 2,38%. O último relatório Focus do Banco Central de previsões para IPCA 2023, publicado no dia 6 de abril, informa que a expectativa do mercado para o índice em 2023 é de 5,98%. Se essa taxa se consolidar, o país ficará acima da meta pelo quarto ano consecutivo.
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Raquel Montalvão
Foto: EBC
Da Agência CNM de Notícias